Design é importante: Fala o que não pode ser escrito ou dito, vende o que não pode ser explicado, ajuda no entendimento e aprendizado.
Um bom design não precisa custar caro.
Você pode contratar um designer freelancer ou a mais premiada agência do país. O que vai garantir o resultado do trabalho do profissional que irá lhe ajudar a expressar o que sua marca representa, é o quanto isto está claro para você.
Uma boa marca possui um bom logo e isso é muito importante mesmo que lhe digam o oposto. Desenvolver um logo para uma marca que já tenha uma estratégia bem definida é mais fácil, rápido e barato no início de suas operações, do que depois de alguns anos e 20, 50 ou 100 novos funcionários.
A questão é simples: à medida que uma empresa se desenvolve, alcança melhores resultados, contrata mais colaboradores e adquire mais clientes, amplia a influência da marca, ou seja, sua importância.
Um logotipo bem desenhado no começo ajuda a manter uma consistência de imagem. E mesmo que ele precise de uma repaginada no futuro, uma vez desenhado em alinhamento com a estratégia, a intervenção será apenas estética.
Para mim, um bom logotipo precisa:
1. Ser Original
Acima de tudo uma marca precisa ser original, única e singular. E não estou dizendo que precisa ser bem desenhada, veja o logo original do google como exemplo…
Ser original é ter personalidade. Saber quem você é e usar isso para expressar sua marca.
Muitas vezes, ao contratar “profissionais” aventureiros, corremos o risco de ter a marca comprometida. Um bom exemplo é quando algum designer usa um desenho de banco de imagens sem ao menos se preocupar em redesenha-lo.
O resultado pode até parecer profissional, mas na verdade é péssimo:
E quando falo de ter cuidado com banco de imagens, não falo apenas do logo. Quanto maior a visibilidade da sua marca, mais cuidado devemos ter para usar esse recurso.
2. Ser simples e reconhecível
Não adianta querer colocar no logo tudo o que a empresa faz ou é. Ele deve ter linhas simples e ser facilmente reconhecido, evite excesso de elementos, cores, linhas, slogans, etc.
Além disso, quanto mais elementos acrescentamos a marca, maior será a dificuldade das pessoas em reconhecê-la.
Cores e fontes também devem ser estudadas para ajudar a memorizar a sua marca. Se seu concorrente usa vermelho como cor predominante, talvez seja uma boa pensar em outras cores.
Junte tudo isso em um único conceito e use a estética para embalar tudo.
Peça para as pessoas criticarem a proposta, pode ser que você nem perceba que o resultado final esteja ruim:
3. Ser facilmente reproduzido.
Durante o processo de desenvolvimento desse logo, devemos nos ater se a marca poderá ser reproduzida nos diversos meios necessários.
Mais uma vez: estamos falando da marca atendendo a estratégia.
Nosso produto terá embalagens?
Queremos investir em mídia de massa?
O foco será em meios eletrônicos?
Essas perguntas irão nos ajudar a definir como será o logo. Se eu tiver um produto líquido que deverá ser envasado por sistema Tetra Pak, preciso pensar em uma marca que tenha aplicação no sistema de impressão flexográfico.
Se minha marca terá forte presença em meios eletrônicos, preciso usar cores que possam ser aplicadas nestes meios, mesmo que ela tenha sido desenvolvido em Pantone…
Muitas vezes, no anseio de “parecer” profissional, o designer escolhe uma cor Pantone linda, mas que apresenta resultados frustrantes no site ou em impressão digital.
4. Ser facilmente identificado.
Afinal, o tamanho importa. E você quer que sua marca seja facilmente reconhecida em qualquer lugar em que ela seja aplicada.
Se não pensarmos no tamanho mínimo que a marca poderá ser aplicada, podemos comprometer a leitura.
Se a marca for muito comprida, como eu aplico em espaços restritos, como um sistema de notas fiscais eletrônicas ou avatares de redes sociais, por exemplo?
Essas questões muitas vezes, fazem com que a marca precise de uma reestilização, sem necessariamente um reposicionamento.
5. Ter uma estratégia consistente.
E quando falo de estratégia, falo de objetivos de curto, médio e longo prazo.
Todo projeto de branding deve começar pela estratégia.
É preciso entender o que deve ser comunicado pela empresa. Desenvolver um projeto de branding é contar uma história consistente sobre a empresa, sobre o que ela vende, que problema ela se dispõe a resolver e onde ela quer chegar.
Um bom projeto de branding depende de pessoas capazes de entender as necessidades da empresa, do mercado e das pessoas que deverão ser atendidas pela empresa.
Já vimos muitos processos de branding que podem até ter começado de forma correta e estruturada, mas que foi prejudicado pela falta de envolvimento efetivo de lideranças, dos principais colaborares, de patrocínio dos acionistas e diretores…
Em muitos lugares, é comum querer terceirizar a solução de comunicação, remetendo à agência a responsabilidade pela falha. As agências também falham, mas muito mais na falta de entendimento do que é a empresa do que falta de capacidade criativa.
Branding não é logo, é estratégia da marca